terça-feira, 20 de dezembro de 2011





http://embedr.com/playlist/caetano-veloso

No final dos anos 60 a início dos anos 70 o Brasil atravessa um período crítico com uma política movida pelo autoritarismo dos governos militares, outorgando censura a todos os veículos de comunicação, prisões arbitrárias, cassações de mandatos políticos; preponderando a violência e a tortura para os considerados “ameaçadores” da ordem vigente. Esse quadro provoca uma apatia a criatividade musical e o músico popular via-se obrigado a repercutir a linguagem do espetáculo e festivais que a industria cultural produzia e principalmente controlava. 
No meio musical , o interesse por uma cultura nacional ganhou força com o processo de popularização dos ritmos regionais que integraram  o conjunto de estilos musicais típicos do Brasil. Nessa disputa por diversos intelectuais e artistas ligados ao meio musical, jovens artistas começam a propor um dialogo entre o samba e o cool- jazz norte- americano dando origem a bossa nova em 1950.
Uma década depois, com vontade de experimentar novos ritmos e sons Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé e o grupo Os Mutantes encabeçam um novo capitulo da música brasileira.

http://www.youtube.com/watch?v=Zbv3M-AdxC0
O Tropicalismo, logo depois de sua "explosão" inicial, transformou-se num termo corrente da indústria cultural e da mídia. O Tropicalismo acabou consagrado como ponto de ruptura, em diversos níveis: comportamental, político, ideológico e estético.
Seu real começo na musica foi em 1967, com Caetano cantando Alegria Alegria e Gil cantando Domingo no parque no III Festival de música popular da TV Record.




Expressões como explosão tropicalista - como usou Celso Favaretto  para demonstrar o impacto de ruptura que o movimento teve. Para Favaretto:

A mistura tropicalista notabilizou-se como uma forma sui generis de inserção histórica no processo de revisão cultural que se desenvolvia desde o início dos anos 60. Os temas básicos dessa revisão consistiam na redescoberta do Brasil, volta às origens nacionais, internacionalização da cultura, dependência econômica, consumo e conscientização.
E ele ainda afirma que o Tropicalismo realizou no Brasil a autonomia da canção, estabelecendo-a como um objeto enfim reconhecível como verdadeiramento artístico.
O tropicalismo também se destacou no teatro, com as experiências seminais do Grupo Oficina, ou seja, as montagens d' O Rei da Vela e de Roda Viva. No cinema, acompanhando a radicalização do Cinema Novo, em torno do lançamento de Terra em Transe, de Glauber Rocha e nas artes plásticas, sobretudo as elaboradas por Hélio Oiticica, área menos reconhecida pelo grande público, apesar de ter sido o campo onde a palavra Tropicália ganhou significado inicial, adquirindo as feições gerais que mais tarde a consagrariam.

Seus precursores são: Caetano Veloso, Gilberto Gil, o maestro Rogério Duprat e o poeta Torquato Neto. As músicas que mais se destacaram foram: Alegria, Alegria e Tropicália (ambas de Caetano Veloso), “Geléia Geral” (Gilberto Gil e Torquato Neto) e outras.


O tropicalismo viveu em função de outros discursos já prontos, ressignificando-os de forma muitas vezes paradoxais e demonstrava impotência em face da situação de controle do poder político do país, com a pretensão de participar criticamente sobre esse processo. Termina em dezembro de 1968, por intermédio de Caetano Veloso, cantando a música “Anoiteceu” (Assis Valente, 1958), num programa de TV; liberando uma parcela de músicos e público do compromisso com a canção nacionalista e de protesto ou revolucionários. 

Visite:

http://tropicaliaepoesia.arteblog.com.br/237918/Um-pouco-do-contexto-social-da-tropicalia/

Principais artistas musicais:

Gilberto Gil- Domingo no parque

 
 
Gal Costa, Maria Betânia

os mutantes- é proibido proibir


http://www.youtube.com/watch?v=hE1ULHlLdWo

Vicente Celestino – coração materno


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