1958 –Lançamento
Inicial CHEGA DE SAUDADE- João Gilberto
http://www.youtube.com/watch?v=yUuJrpP0Mak
1958- DESAFINADO
- Jobim / Newton Mendonça
-
AQUARELA DO BRASIL – Tom Jobim / Vinicius de moraes
- GAROTA DE IPANEMA Tom Jobim / Vinicius de Moraes
- CORCOVADO
- COPACABANA – João de Barro( Braguinha
)e Alberto Ribeiro
- SAMBA DE UMA NOTA SÓ (Antonio Carlos Jobim)
http://www.youtube.com/watch?v=0CYpukkQo04
- SÓ DANÇO SAMBA - Tom Jobim
-
ÁGUAS DE MARÇO
- RETRATO EMPRETO E BRANCO – Tom e Chico Buarque
- MALVADEZA DURÃO – Zé Keti /Nara Leão (protesto ao regime
militar)
- CARCARÁ - João do Vale /
Nara ( “ “ )
http://www.youtube.com/watch?v=7F6wnxPmEzk
- MINHA SAUDADE -
João Donato / João Gilberto
- BALANÇO ZONA SUL / CANSEI DE ILUSÕES
– Tito Madi
- O SAPO - - João Gilberto
http://www.youtube.com/watch?v=uZ-UJckeZM
"O título de Musa da Bossa Nova não lhe faz justiça.
ela foi mais. Foi a própria voz feminina da Bossa Nova - mas nem assim se faz
justiça. Ela foi a musa e a voz também de outras bossas - a de Zé Ketti e
Cartola, por exemplo, ou a bossa da banda de Chico Buarque. Nem assim, na
verdade, ainda se faz justiça - ela foi a personificação de um estilo, onde à
pequena voz se somavam o violão, o banquinho e o celebrado par de joelhos.
Fez-se justiça? Ainda não. Ela foi, para resumir, uma formidável pequena pessoa
que, simples e discreta, encarnou o lado bom de uma certa época e de um certo
Brasil". Jornal do Brasil
Calou-se a musa das bossas novas da MPB. De todas elas. Nara Leão, 47 anos, morreu vítima de câncer, contra o qual lutou nos últimos anos.
Com sua emissão cool de Chet Baker de saias (e joelhos!), Nara sempre pousou de arcanjo anunciador de tempos modernos. Ousou cantar Zé Ketti, Cartola e Nelson Cavaquinho em plena maré do banquinho e violão joãogilbertianos. Tropicalizou nas cores bregachique Lindonéia enquanto hordas de fariseus clamavam pela cassação das guitarras elétricas dos velhos baianos. Do exílio europeu no começo tétrico dos anos 70, mandou um álbum duplo cifrado. Canções de protesto como as do LP Opinião, tipo Acender as velas, Chegança ou Sina de caboclo? Nada disso. A lançadora de Chico Buarque, Paulinho da Viola e Sidney Miller despachava de Paris duas dezenas de músicas de Tom Jobim. Bossa nova em plena barbárie.
Dona de um timbre palatal e a fímbria de sambista urbana, Nara revisitou choros e serestas, sempre na contramão do sucesso ostensivo. Matriz da postura anti vibrato que internacionalizou Astrud Gilberto, Nara foi cantar bossa nova para os japoneses a braços com o violão do amigo de infância Roberto Menescal. Em suas últimas aventuras voltou ao cinema Metro Copacabana da adolescência soquete, regravando em sincopado uma trilha de american songs de Holywood. O molejo dialético da carreira inimiga do óbvio, combinava com a personalidade informal de raro brulho e delicadeza. Nara Leão gravou 23 LPs - mas incluindo as coletâneas, sua discografia chega a 30 discos. A nova bossa perdeu sua perpétua garota prodígio.
Calou-se a musa das bossas novas da MPB. De todas elas. Nara Leão, 47 anos, morreu vítima de câncer, contra o qual lutou nos últimos anos.
Com sua emissão cool de Chet Baker de saias (e joelhos!), Nara sempre pousou de arcanjo anunciador de tempos modernos. Ousou cantar Zé Ketti, Cartola e Nelson Cavaquinho em plena maré do banquinho e violão joãogilbertianos. Tropicalizou nas cores bregachique Lindonéia enquanto hordas de fariseus clamavam pela cassação das guitarras elétricas dos velhos baianos. Do exílio europeu no começo tétrico dos anos 70, mandou um álbum duplo cifrado. Canções de protesto como as do LP Opinião, tipo Acender as velas, Chegança ou Sina de caboclo? Nada disso. A lançadora de Chico Buarque, Paulinho da Viola e Sidney Miller despachava de Paris duas dezenas de músicas de Tom Jobim. Bossa nova em plena barbárie.
Dona de um timbre palatal e a fímbria de sambista urbana, Nara revisitou choros e serestas, sempre na contramão do sucesso ostensivo. Matriz da postura anti vibrato que internacionalizou Astrud Gilberto, Nara foi cantar bossa nova para os japoneses a braços com o violão do amigo de infância Roberto Menescal. Em suas últimas aventuras voltou ao cinema Metro Copacabana da adolescência soquete, regravando em sincopado uma trilha de american songs de Holywood. O molejo dialético da carreira inimiga do óbvio, combinava com a personalidade informal de raro brulho e delicadeza. Nara Leão gravou 23 LPs - mas incluindo as coletâneas, sua discografia chega a 30 discos. A nova bossa perdeu sua perpétua garota prodígio.
Antonio Carlos Jobim
(Tom Jobim)
Johnny Alf
Roberto Menescal
João Gilberto
Torquato Neto, Caetano Veloso e Capinam
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