De acordo com uma definição de Tom Jobim, a bossa nova é “o encontro do samba brasileiro com o jazz moderno”. O marco inicial é o lançamento, em 1958, do LP Canção do Amor Demais, gravado por Elizabeth Cardoso (1920-1990), com música de Tom Jobim e letra de Vinícius de Moraes.
No início da década de 50, o jazz norte-americano influencia
cantores brasileiros, como Mário Reis (1907-1981), Dick Farney (1921-1987),
Lúcio Alves (1927-1993), Tito Madi (1932-) e Johnny Alf (1929-), que são
considerados os precursores da bossa nova. Eles são acompanhados por jovens da
zona sul do Rio de Janeiro, como Carlos Lyra (1936-), Roberto Menescal (1937-),
Nara Leão (1942-1989) e Ronaldo Bôscoli (1929-1994), que passam a se reunir
para tocar violão e cantar músicas próprias e de outros compositores.
Um show do Grupo Universitário Hebraico, no Rio de Janeiro,
em 1958, inaugura as apresentações públicas da bossa nova. A expressão, que já
era utilizada para denominar o novo estilo de música, surge na letra do
Desafinado, gravada por João Gilberto, com música de Tom Jobim e letra de
Newton Mendonça (1927-1960). Em maio de 1960, João Gilberto apresenta-se pela
primeira vez num show com os músicos da bossa nova: A Noite do Amor, do Sorriso
e da Flor. Em 1962, o festival de bossa nova realizado no Carnegie Hall, em
Nova York, Estados Unidos, dá projeção internacional ao movimento. Na ocasião
são apresentadas Samba de uma Nota Só, O Barquinho e Lobo Bobo, entre outras. A
partir de 1963, alguns iniciados do movimento, como Nara Leão e Carlos Lyra,
abandonam a temática original da bossa nova e voltam-se para as raízes do samba
de morro e para a música nordestina.
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