terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Músicas e Precursores da BOSSA NOVA





1958 –Lançamento Inicial  CHEGA DE SAUDADE- João Gilberto

 

http://www.youtube.com/watch?v=yUuJrpP0Mak

1958-  DESAFINADO   -     Jobim / Newton Mendonça


http://www.youtube.com/watch?v=IzfzfP31kjQ

       -   AQUARELA DO BRASIL – Tom Jobim / Vinicius de moraes



http://www.youtube.com/watch?v=TtWph4hn9xg


       - GAROTA DE IPANEMA  Tom Jobim / Vinicius de Moraes


  

       - CORCOVADO  


http://www.youtube.com/watch?v=5F3wHdDu1bw&feature=related
 
       - COPACABANA – João de Barro( Braguinha )e Alberto Ribeiro


 http://www.youtube.com/watch?v=AwKXdc4UsMQ

       - SAMBA DE UMA NOTA SÓ  (Antonio Carlos Jobim)


 http://www.youtube.com/watch?v=0CYpukkQo04

       - SÓ DANÇO SAMBA  - Tom Jobim



http://www.youtube.com/watch?v=7jc9ZaxPUiE

       - ÁGUAS DE MARÇO 



http://www.youtube.com/watch?v=jYLoxMtnUDE
    
       - RETRATO EMPRETO E BRANCO –   Tom e Chico Buarque



http://www.youtube.com/watch?v=sotpV4JOEpw

       - MALVADEZA DURÃO –      Zé Keti /Nara Leão (protesto ao regime militar)


http://www.youtube.com/watch?v=jOl2yOzpTD0

       - CARCARÁ - João do Vale / Nara  ( “  “ )


http://www.youtube.com/watch?v=7F6wnxPmEzk



       - MINHA SAUDADE       -       João Donato / João Gilberto


http://www.youtube.com/watch?v=guMek3_D6ls
        - BALANÇO ZONA SUL / CANSEI DE ILUSÕES – Tito Madi




        - O SAPO -                     - João Gilberto





http://www.youtube.com/watch?v=uZ-UJckeZM

"O título de Musa da Bossa Nova não lhe faz justiça. ela foi mais. Foi a própria voz feminina da Bossa Nova - mas nem assim se faz justiça. Ela foi a musa e a voz também de outras bossas - a de Zé Ketti e Cartola, por exemplo, ou a bossa da banda de Chico Buarque. Nem assim, na verdade, ainda se faz justiça - ela foi a personificação de um estilo, onde à pequena voz se somavam o violão, o banquinho e o celebrado par de joelhos. Fez-se justiça? Ainda não. Ela foi, para resumir, uma formidável pequena pessoa que, simples e discreta, encarnou o lado bom de uma certa época e de um certo Brasil". Jornal do Brasil

Calou-se a musa das bossas novas da MPB. De todas elas. Nara Leão, 47 anos, morreu vítima de câncer, contra o qual lutou nos últimos anos.

Com sua emissão cool de Chet Baker de saias (e joelhos!), Nara sempre pousou de arcanjo anunciador de tempos modernos. Ousou cantar Zé Ketti, Cartola e Nelson Cavaquinho em plena maré do banquinho e violão joãogilbertianos. Tropicalizou nas cores bregachique Lindonéia enquanto hordas de fariseus clamavam pela cassação das guitarras elétricas dos velhos baianos. Do exílio europeu no começo tétrico dos anos 70, mandou um álbum duplo cifrado. Canções de protesto como as do LP Opinião, tipo Acender as velas, Chegança ou Sina de caboclo? Nada disso. A lançadora de Chico Buarque, Paulinho da Viola e Sidney Miller despachava de Paris duas dezenas de músicas de Tom Jobim. Bossa nova em plena barbárie.

Dona de um timbre palatal e a fímbria de sambista urbana, Nara revisitou choros e serestas, sempre na contramão do sucesso ostensivo. Matriz da postura anti vibrato que internacionalizou Astrud Gilberto, Nara foi cantar bossa nova para os japoneses a braços com o violão do amigo de infância Roberto Menescal. Em suas últimas aventuras voltou ao cinema Metro Copacabana da adolescência soquete, regravando em sincopado uma trilha de american songs de Holywood. O molejo dialético da carreira inimiga do óbvio, combinava com a personalidade informal de raro brulho e delicadeza. Nara Leão gravou 23 LPs - mas incluindo as coletâneas, sua discografia chega a 30 discos. A nova bossa perdeu sua perpétua garota prodígio.

           
http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=27028


Antonio Carlos Jobim    
              
(Tom Jobim)
                                                                                                                                                                   
                                                                                                                                    
                  


                                                                                     Johnny Alf
                    










 Roberto   Menescal 





João Gilberto

                                                                                                                                                                   
                        
Baden Pawell, Lúcio Alves, Nara Leão e Tom Jobim


Vinícius de Moraes



Torquato Neto, Caetano Veloso e Capinam

O que é MPB? (curiosidade)

Quando tudo começou... 

 
A Música Popular Brasileira (mais conhecida como MPB) é um gênero musical brasileiro. A MPB surgiu a partir de 1966, com a segunda geração da Bossa Nova. Na prática, a sigla MPB anunciou uma fusão de dois movimentos musicais até então divergentes, a Bossa Nova e o engajamento folclórico dos Centros Populares de Cultura da União Nacional dos Estudantes, os primeiros defendendo a sofisticação musical e os segundos, a fidelidade à música de raiz brasileira. Seus propósitos se misturaram e, com o golpe de 1964, os dois movimentos se tornaram uma frente ampla cultural contra o regime militar, adotando a sigla MPB na sua bandeira de luta. 


http://www.youtube.com/watch?v=UdYS1PwTrpI

Depois, a MPB passou abranger outras misturas de ritmos como a do rock, soul e o samba, dando origem a um estilo conhecido como samba-rock, a do música pop e do Samba, tendo como artistas famosos Gilberto Gil, Chico Buarque e outros e no fim da década de 1990 a mistura da música latinainfluenciada pelo reggae e o samba, dando origem a um gênero conhecido como Samba reggae.
Apesar de abrangente, a MPB não deve ser confundida com Música do Brasil, em que esta abarca diversos gêneros da música nacional, entre os quais o baião, a bossa nova, o choro, o frevo, o samba-rock, o forró, o Swingue e a própria MPB.
  • História

    A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da Bossa Nova, gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da década de 1950. Influenciado pelo jazz norte-americano, a Bossa Nova deu novas marcas ao samba tradicional.
    Mas já na primeira metade da década de 1960, a bossa nova passaria por transformações e, a partir de uma nova geração de compositores, o movimento chegaria ao fim já na segunda metade daquela década. Uma canção que marca o fim da bossa nova e o início daquilo que se passaria a chamar de MPB é Arrastão, de Vinícius de Moraes (um dos precursores da Bossa) e Edu Lobo (músico novato que fazia parte de uma onda de renovação do movimento, marcada notadamente por um nacionalismo e uma reaproximação com o samba tradicional, como de Cartola).
    Arrastão foi defendida, em 1965, por Elis Regina no I Festival de Música Popular Brasileira (TV Excelsior, Guarujá-SP). A partir dali, difundiriam-se artistas novatos, filhos da Bossa Nova, como Geraldo Vandré, Taiguara, Edu Lobo e Chico Buarque de Hollanda, que apareciam com freqüência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova. Vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira, (São Paulo em 1966), Disparada, de Geraldo, e A Banda, de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da Bossa para MPB.
    Era o início do que se rotularia como MPB, um gênero difuso que abarcaria diversas tendências da música brasileira durante as décadas seguintes. A MPB começou com um perfil marcadamente nacionalista, mas foi mudando e incorporando elementos de procedências várias, até pela pouca resistência, por parte dos músicos, em misturar gêneros musicais. Esta diversidade é até saudada e uma das marcas deste gênero musical. Pela própria hibridez é difícil defini-la.

Antes da Bossa (curiosidade)



 Breve histórico dos antecedentes da música no Brasil

  
As atividades artística musical brasileiras durante a passagem para o século XX significavam simples transplantações de modelos europeus na medida em que o som foi sempre considerado elemento de edificação religiosa e, também, aqui, nasceu misturado com a religião.


Saindo da fase da música sacra, o segundo momento liga-se à consolidação dos poemas sinfônicos, óperas, modinha. Os compositores eram obrigados a importar e aceitar as concepções estéticas vigentes na Alemanha, Itália e França, devido à inexistência de características definidoras da raça brasileira.


Mas, com o passar do tempo e as transformações ideológicas, surgiram as concepções nacionalistas incorporadas pelos modernistas (Camargo Guarnieri, Villa Lobos) durante a década de 40 que objetivava penetrar no inconsciente coletivo- “povo brasileiro”- para criar e elaborar obras inter-relacionadas ao caráter específico da “raça brasileira”, fundamentando-se em especial, na pesquisa da folcmúsica. 

Da mesma forma que Pedro Álvares Cabral não foi o primeiro navegador a aportar nas costas brasileiras, outras bússolas musicais sintonizaram com as inovações que seriam regulamentadas pela bossa nova antes mesmo de se estabelecer o rótulo que mais tarde ganharia consumo internacional.

A Radamés Gnatelli já se devia, desde 1939 a orquestração modernista (com batida de tamborins incorporada aos metais sonantes da abertura de Aquarela do Brasil, o mais planetário dos sambas já escrito por Ari Barroso.

Radamés Gnatelli um maestro e compositor erudito com ativa militância nas hostes populistas da Rádio Nacional  do Rio – vestiu de cordas o samba Copacabana, da dupla João de Barro (o Braguinha) e Alberto Ribeiro, para a voz de Dick Farney.

Durante toda a década de 50, (a dos baby boomers) assim chamada geração do pós guerra, a música brasileira gestava uma resposta à maciça intromissão da música americana em nossa mídia na década anterior. A bossa nova era uma fusão do samba com o jazz – o que lhe abria maior espaço para improvisos instrumentais e desenvolvimento harmônico – e com a roupagem erudita, o que lhe permitiria novos revestimentos melódicos.

As origens do movimento são tão permeáveis quanto seus criadores. Não faltaram precursores, adeptos da harmonização alterada dissonante que caracterizava a bossa, como os violonistas Garoto e Valsinho, o pianista Vadico, o compositor Dorival Caymmi, o pianista de sotaque caribenho João Donato.

A bossa nasceu integracionista, em sincronicidade com o cinema novo de Nelson Pereira dos Santos (Rio zona norte, Rio 40 graus), Carlos Diegues, Joaquim Pedro de Andrade, Paulo Cesar Sarraceni e mais adiante, Glauber Rocha.  Este movimento cultural de sinultaneidades ativadas operava dentro das propostas desenvolvimentistas do governo de Juscelino Kubitschek (1955-60), breve hiato de plenitude democrática espremido entre ditaduras, renúncias e golpes de estado.

Há quem aponte o berço da bossa fora do Brasil, nas experiências de fusão do violonista Laurindo de Almeida com a sax Buddy Shank no LP Brasiliance, de 1952. O baixista do grupo Harry Barbasin teria preferido “combinar Jazz ao baião”, facilitado pela proximidade do compasso binário, “usando um tambor de conga com escova”.


O período de incubação da bossa nova inclui, finalmente, as reuniões intimistas nos apartamentos amigos da Zona Sul do Rio de Janeiro- do pianista Bené Nunes ao da musa Nara Leão – onde estavam todos buscando uma nova forma musical que ainda era cantada bem baixinho. O apartamento dos pais de Nara na Avenida Atlântica transformou-se em sede dos primeiros encontros da bossa. 






http://embedr.com/playlist/caetano-veloso

No final dos anos 60 a início dos anos 70 o Brasil atravessa um período crítico com uma política movida pelo autoritarismo dos governos militares, outorgando censura a todos os veículos de comunicação, prisões arbitrárias, cassações de mandatos políticos; preponderando a violência e a tortura para os considerados “ameaçadores” da ordem vigente. Esse quadro provoca uma apatia a criatividade musical e o músico popular via-se obrigado a repercutir a linguagem do espetáculo e festivais que a industria cultural produzia e principalmente controlava. 
No meio musical , o interesse por uma cultura nacional ganhou força com o processo de popularização dos ritmos regionais que integraram  o conjunto de estilos musicais típicos do Brasil. Nessa disputa por diversos intelectuais e artistas ligados ao meio musical, jovens artistas começam a propor um dialogo entre o samba e o cool- jazz norte- americano dando origem a bossa nova em 1950.
Uma década depois, com vontade de experimentar novos ritmos e sons Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé e o grupo Os Mutantes encabeçam um novo capitulo da música brasileira.

http://www.youtube.com/watch?v=Zbv3M-AdxC0
O Tropicalismo, logo depois de sua "explosão" inicial, transformou-se num termo corrente da indústria cultural e da mídia. O Tropicalismo acabou consagrado como ponto de ruptura, em diversos níveis: comportamental, político, ideológico e estético.
Seu real começo na musica foi em 1967, com Caetano cantando Alegria Alegria e Gil cantando Domingo no parque no III Festival de música popular da TV Record.




Expressões como explosão tropicalista - como usou Celso Favaretto  para demonstrar o impacto de ruptura que o movimento teve. Para Favaretto:

A mistura tropicalista notabilizou-se como uma forma sui generis de inserção histórica no processo de revisão cultural que se desenvolvia desde o início dos anos 60. Os temas básicos dessa revisão consistiam na redescoberta do Brasil, volta às origens nacionais, internacionalização da cultura, dependência econômica, consumo e conscientização.
E ele ainda afirma que o Tropicalismo realizou no Brasil a autonomia da canção, estabelecendo-a como um objeto enfim reconhecível como verdadeiramento artístico.
O tropicalismo também se destacou no teatro, com as experiências seminais do Grupo Oficina, ou seja, as montagens d' O Rei da Vela e de Roda Viva. No cinema, acompanhando a radicalização do Cinema Novo, em torno do lançamento de Terra em Transe, de Glauber Rocha e nas artes plásticas, sobretudo as elaboradas por Hélio Oiticica, área menos reconhecida pelo grande público, apesar de ter sido o campo onde a palavra Tropicália ganhou significado inicial, adquirindo as feições gerais que mais tarde a consagrariam.

Seus precursores são: Caetano Veloso, Gilberto Gil, o maestro Rogério Duprat e o poeta Torquato Neto. As músicas que mais se destacaram foram: Alegria, Alegria e Tropicália (ambas de Caetano Veloso), “Geléia Geral” (Gilberto Gil e Torquato Neto) e outras.


O tropicalismo viveu em função de outros discursos já prontos, ressignificando-os de forma muitas vezes paradoxais e demonstrava impotência em face da situação de controle do poder político do país, com a pretensão de participar criticamente sobre esse processo. Termina em dezembro de 1968, por intermédio de Caetano Veloso, cantando a música “Anoiteceu” (Assis Valente, 1958), num programa de TV; liberando uma parcela de músicos e público do compromisso com a canção nacionalista e de protesto ou revolucionários. 

Visite:

http://tropicaliaepoesia.arteblog.com.br/237918/Um-pouco-do-contexto-social-da-tropicalia/

Principais artistas musicais:

Gilberto Gil- Domingo no parque

 
 
Gal Costa, Maria Betânia

os mutantes- é proibido proibir


http://www.youtube.com/watch?v=hE1ULHlLdWo

Vicente Celestino – coração materno